quarta-feira, 22 de outubro de 2014

E FOI ASSIM QUE O HOMEM APRENDEU A COBIÇAR....




Transpsicanálise

Estudo dos Arquétipos de Adão e Eva: o  despertar da consciência, do desejo e o livre-arbítrio. Artigo com fontes de estudo na Psicanálise e Kabballah (sem propósito religioso).


Meramente terapêutico. O propósito desse  estudo é ajudar a cada um de nós – partes individuais da psique fragmentada de Adão – à refletir nossa unidade de Equilíbrio e missão na Terra.




Transpsique:  Adam HaRishon é o nome que daremos ao nosso EU Interior, a consciência e a alma coletiva, o qual a Bíblia chamou de Adão.


Adam ou Adão (Homem, em hebraico e personagem bíblico) tem um sobrenome: HaRishon (O Primeiro, em hebraico). Isto não significa que haja sido o primeiro homem sobre a terra e sim, que foi o primeiro no qual apareceu o desejo de encontrar o propósito de sua existência. 
Adam descobriu que desejar e conquistar é chegar a ser similar ao Criador – a força altruísta e criativa que criou a vida – e alcançou seu objetivo. 
Adão, conscientemente, pensou em algo mais, o que fez nascer a escolha, o desejo, a ambição, a realização.  
De acordo com os estudiosos, ele alcançou os seus desejos. Talvez por isso teria sido expulso do Éden. Surgia então o Livre Arbítrio. 

De fato, seu nome  bíblico dá testemunho de seu êxito já que se compõe das palavras hebraicas: “Adam La Elyon - Eu serei como o Altíssimo” (Isaías 14:14). 
Em outras palavras, Adam (Adão, por assim o conhecemos)  foi o primeiro indivíduo na história da humanidade que percebeu um Criador, seja ele um SER ou um PRINCÍPIO FÍSICO e assim, diferenciou-se dos outros animais. 
A partir daí, as escolhas individuais se subdividiram cada vez mais pela busca do prazer e satisfação pessoal.  O homem aprendeu a ser "Criador" de ferramentas de consumo para sua satisfação e prazer.
Na época atual, quase seis mil anos depois de Adam, o tema do propósito de nossa existência já está despertando um número crescente de pessoas. A incapacidade por encontrar uma resposta à pergunta ”qual é o significado de minha vida?”.   Desejar,  gerar esforços, realizar, querer mais... O que? Pra quê? A busca seria egoísta e individual? Existem diferenças fundamentais entre os homens e os animais?



Antes do desejo e da consciência de indivíduo.


Quando a alma de Adão foi criada, tinha uma relação com Criador  que lhe causava um prazer limitado porque não havia se esforçado de forma independente para alcançá-lo. Segundo o Gênesis, o Criador  quis que a alma de Adam HaRishon (primeiro a ter consciência de sua unidade) se desenvolvesse por seu próprio meio, expondo-a então, em um ato premeditado, aos maiores prazeres junto com Eva e o fruto proibido. 

Quando o homem recebeu os prazeres, encheu-se de regozijo, perdeu toda a noção do Criador – quem lhe havia proporcionado o deleite – e na busca "por querer mais e mais", desconectou-se da natureza (Éden), afastando-se de todo contato com Ele (espírito - essência - totalidade - natureza - meio). 

Então, o Homem se multiplicou desconectado, gerando a humanidade. Uns desejavam TER, outros desejam o SABER. Mas ninguém desejava SENTIR.

O psicanalista Jacques Lacan, um dos maiores especialistas de todos os tempos, em seu estudo sobre O DESEJO, disse a seguinte frase: "O desejo é o ultimo véu do prazer". Sugere que a realização 'individual' plena  nunca chegaria.   O  fruto do desejo na satisfação individual,  gera esforços para a idealização de  um SONHO  projetado em  uma  "felicidade imaginária"   ou  "felicidade passageira" e desconectada do bem estar comum. 
Todos querem desfrutar, receber gratificações. Ainda que sejamos diferentes na escolha do prazer, o denominador comum sempre é anecessidade de chegar ao que nos falta. Sempre nos parece que na próxima etapa tudo será muito melhor. 

Os desejos do ser humano se dividem em cinco níveis de desenvolvimento:  o primeiro  é básico e serve para a sobrevivência, para o alimento, a saúde, sexo e a família. O segundo, é o anseio por dinheiro, o qual cremos nos assegura além da sobrevivência, um bom nível de vida. No terceiro, queremos honra e poder, sobre nós mesmos e os demais. O quarto nos parece que alcançar conhecimentos nos fará felizes. Somente no quinto nível de desenvolvimento do desejo, entendemos que há algo que ultrapassa tudo que captamos anteriormente, e que algo ainda nos falta para nos tornarmos deuses (realizados).

Nesta fase, finalmente compreendemos que a felicidade se encontra no meio, nas sensações e nos sentimentos.


A evolução dos animais nos surpreende porque eles nunca se desconectaram do seu meio.

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